Sabe aquele sentimento impossível de se descrever? Essa foto explica!
Depois de semanas decidindo se ia ou não - não por incerteza, mas por problemas familiares -, acordei às 7 da manhã, esperando minha mãe chegar da casa dos meus avós, saí de casa às 11hs: o show seria às 15. Cinco minutos esperando o ônibus no ponto; uma loonga jornada se aproximava. Depois de hoooras no ônibus, eu chego no Centro da Cidade. O show já havia começado! Alguns muitos minutos depois, chegamos - eu, meu pai e minha mãe - na estação das barcas. Já passava das 16hs e o próximo embarque era só às 16:30hs. Uma barca deu problema e atrasou mais dez minutos. Já estava pensando que não conseguiria mais, mas não desisti com muita fé em Deus e esperança naquele momento que chegava. Quase cinco horas da tarde e eu chego em Niterói, em terra firme; só faltava entrar no shopping, que era ao lado da estação. Eu saí correndo escada rolante acima - sim, rolante - e segui loucamente o som vindo de algum lugar, não muito longe de onde eu estava. Pessoas com certeza me viram e pensaram "Meu Deus, quem é aquela? Por que está fazendo isso?" ou simplesmente riram. Parecia que eu nunca chegaria ao tal local, mas cheguei. Cheguei no final do show, final da música Só Penso Em Você. Fui para o lado esquerdo do palco e encarei aquele par de olhos azuis que me hipnotizaram no exato momento em que finquei meus pés ali. Por alguns segundos não acreditei que tinha conseguido: ele estava lá, na minha frente, a poucos centímetros de distância. Encontrei com a Giuliana e a Thaís e estava acabando a música - que já era o bis - quando Felipe olhou em nossa direção. Equilíbrio mental, cadê você, lindo? Cantei com todo meu coração e voz, claro, que insistia em quase não sair devido o impacto causado. Logo depois tocou o bis de Musa do Verão e aí eu não existia mais! Cantei, como eu cantei! Entreguei-me ao momento. Acabou a música, meus olhos marejados. Parabéns à Thaís, foto com a Maria Lúcia e rasgações de seda à parte, o show finalmente acabou, com meu pai pedindo para Felipe assinar uma foto minha de quando eu tinha 10 anos. Senhor! Ele tocou na minha foto! A "saga" não tinha acabado ainda. Fomos atrás dele tirar foto e quando digo "fomos", me refiro às Vips do Dylon, fã clube lindo, com meninas pelas quais me apaixonei sinceramente e que me receberam superbem. Depois de esperarmos meia-hora, começamos a entrar em grupos. Elas entraram primeiro, pois já "conheciam" meu ídolo. Na minha vez, com mais duas garotas, ao passar pela aquela porta de vidro preta e sentir o ar gelado do ar-condicionado, vibrei por dentro. Quando olho para frente, vejo ele. Jessica, uma menina que eu conheci lá, abraçada a ele e o mesmo me olhando, como que se perguntasse o porquê de eu estar olhando com tanta surpresa. Era isso: surpresa. Estava surtando sem ao menos poder dizer uma palavra ou algum faniquito, não queria que ele ficasse com medo de mim. Minha vez de abraçá-lo e eu não sabia o que fazer: um "oi, tudo bem?", dois beijinhos na bochecha, um abraço apertado - e que abraço! - e três fotos, já que eram câmeras diferentes ali. Foi isso. Mas foi mágico. Ao sair, meio que exigi minha foto com seu autógrafo. Mãos tremendo. Porta afora, minha mãe me esperava e com um sorriso no rosto, me acolheu. Só o que pude falar foi: consegui! No momento pensei que não fosse passar mal como há 7 anos atrás, mas parece ter sido pior. O ar sumiu, não sentia o chão, vista embaralhada. Apoiei-me na vitrine de uma loja com cerca de oito garotas me olhando preocupadas e perguntando se precisava de água. Água? Um balão de oxigênio, por favor! Melhorei, tirei fotos com elas e fui comer, coisa que não tinha feito ainda no dia e que explicava em 5% o meu quase desmaio. No final das contas, chorei sem ao menos perceber, olhos me encaravam sem eu saber a causa - "Será minha cara? Ou talvez minha camisa, já que tinha um texto escrito. O que, hein?" - e uma cantada totalmente descarada do carinha do restaurante! Céus! O que estava acontecendo? Peguei minha comida, fiz o que tinha que ser feito com a mesma e fui ao banheiro; a propósito, pagar 0,50 centavos para fazer xixi não é justo, me senti num ônibus por ter que entrar num banheiro com roleta. Assisti um pouco do show de uma "banda", se é que assim posso chamá-la, que imitava bem mal os Mamonas - eles estavam vestidos de Chaves e sua turma (?). Fui embora, sem antes deixar de passar na barriquinha de churros e comprar um enorme, sério, deveria ter uns 30 centímetros, como era bom! Poucos minutos esperando a barca com um grupo de japoneses ao nosso lado (imaginem as piadas feitas por mim e meu pai com minha mãe só rindo). O mar estava agitado, mas ainda se conseguia ver peixes naquela água suja, uma pena, mas eles davam um show. Passado isso, comentários de que a barca poderia virar por causa da maré alta e de cheiro de queimado vindo dela (lembram da barca que deu problema no início deste texto? é a mesma!) me deixaram nervosa e enjoada. Cheguei em terra firme mais uma vez, passei pelo Centro, peguei meu ônibus e tive que aguentar um bêbado dentro dele por uma hora. Cheguei em casa perguntando-me se tudo aquilo tinha mesmo acontecido. Esse foi meu dia 27 de agosto de 2011. Um dia memorável, pelo menos para mim. A prova mais uma vez de que sonhos podem, sim, virar realidade. Agradeço totalmente meus pais por isso. Sem eles, nada aconteceria.
Eu e Maria Lúcia Priolli
Vips do Dylon
Eu e Jessica
"Eu nunca tive alguém
Que me dissesse assim
As coisas que você me diz
Nunca ninguém"
Juliana.
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